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Mostrando postagens de junho, 2020

O FANTÁSTICO MUNDO DE BOBBY: O MENINO, A LINGUAGEM E A FANTASIA

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As crônicas protagonizadas pelo menino Bobby Generic estrearam, no Brasil, em 1990, exibidas diariamente pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Os episódios obedeciam a uma estrutura simples. Nas primeiras cenas, Bobby contracenava com seu criador, o humorista Howie Mandel. Apropriando-se da mesma fórmula de Mary Poppins (1964) e Uma cilada para Roger Rabbit (1988), mesclava-se realidade e animação, pois o próprio Mandel interagia diretamente com sua personagem. Os dois debatiam rapidamente acerca do tema do dia, até que se iniciasse o episódio. Bobby integrava uma família de classe média, composta, basicamente, pelos pais – Howard e Martha – e pelos dois irmãos – Kelly e Derek. Todos da casa desfrutavam da companhia do cãozinho Roger, parceiro incondicional de Bobby em suas traquinagens, e da desengonçada aranha de pelúcia Webby. Menino dinâmico e cheio de criatividade, não conseguia compreender o universo adulto, e por isso se refugiava no intrincado e mirabolante mundo de

E A TURMA DA MÔNICA?

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Recentemente, A Turma da Mônica foi adaptada para uma série animada. O trabalho foi desenvolvido pela Paramount Television e pela Maurício de Sousa Produções. O processo de releitura dos quadrinhos para a série de TV não destoava da proposta de adaptação da série O Sítio do Picapau Amarelo , fixando-se igualmente na construção de enredos que se aproximariam de crônicas infantis. Convém ressaltar que, na década de 1980, tivemos também outras releituras dos quadrinhos de Mônica para o território da animação. A estilização das formas, a recorrência às inúmeras possibilidades de cores oferecidas pela paleta e o traço firme, típico dos quadrinhos, acabava sendo preservado na animação. Outro dado que merece destaque é o modelo emancipatório de infância em evidência, firmado nas relações entre adultos e crianças. Assim, a assimetria congênita às produções dessa linha – desenvolvidas por adultos e endereçadas às crianças – parece ter sua distância estreitada na animação. Prova disso é q

PEPE LEGAL: A PARÓDIA DO COWBOY ALTANEIRO

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Satirizando as produções cinematográficas ambientadas no velho oeste norte-americano, Pepe Legal investia em histórias que mesclavam ação e comicidade. Contava, ao todo, com quarenta e cinco episódios, distribuídos em três temporadas. Para melhor entendermos a proposta da série em questão, tomemos como referência o episódio “Double Barril Double”, do início da década de 1960. A narrativa mencionada - “Double Barril Double” – lembrava a mesma estrutura do filme O homem que matou o facínora (1962), em que o relato era apresentado a partir do ponto de vista de uma personagem. Desse modo, cabe a Babalu expor a saga de seu ídolo – Pepe Legal – enaltecendo seu heroísmo ao capturar seu maior adversário: Harry Cara de Cavalo. O cavalo, responsável por conduzir o cowboy pelos desertos em grandes jornadas, assume a condição de xerife. Tal inusitada proposta – verossímil no território da fábula – constitui um dos principais recursos para gerar humor. Atrelado a isso está a voz do narrador h

ROTEIRO DE LEITURA (OU VIAGEM?): UM PASSEIO POR MADAGASCAR.

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Madagascar é uma narrativa composta por quatro animais de um zoológico que sonhavam vivenciar grandes aventuras fora das jaulas. Fugindo do cativeiro, exploravam o ambiente urbano, gerando comoção geral entre os transeuntes nova-iorquinos. Capturados como ameaças, eram atirados em um navio e, movidos pelo acaso, aportavam na ilha de Madagascar, em pleno continente africano. E aqui se instauram os principais conflitos da obra: por serem oriundos do cativeiro, e não das savanas, tinham comportamentos bastante semelhantes ao dos humanos. Usavam gírias, temiam a estrutura labiríntica da floresta e sentiam falta da alimentação regrada do Central Park. O leão Alex, em razão da fome, tinha seus instintos selvagens aflorados. Esforçava-se em reprimir o desejo de comer o companheiro Martin e, a partir de então, travava uma incessante luta contra a própria natureza, uma vez que, na cadeia alimentar, os leões eram predadores das zebras.        Por conta do tamanho que ostentavam, eram escalad